quinta-feira, 9 de junho de 2016

Abbas: Bíblia diz que palestinos viviam em Israel antes de Abraão



O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, tem utilizado uma série de argumentos para tentar justificar por que os palestinos têm direito de ficar com o território que pertence a Israel.

Mesmo sendo muçulmano, ele usou a Bíblia, mais especificamente trechos do Antigo Testamento, para justificar o que considera seu direito. Tida como Palavra de Deus por judeus e cristãos, realmente ela contém um relato sobre o assunto em Gênesis 21:34.

Contudo, ao contrário dos judeus, não há provas que os palestinos de hoje (árabes) sejam descendentes diretos do povo mencionado na Bíblia. Os filisteus, antigo povo inimigo dos descendentes de Jacó, viviam naquela parte do mundo, mas possuíam outra língua e outra cultura.

Segundo estudiosos, a famosa Pedra de Roseta comprova a existência dos chamados Povos do Mar. A palavra “filisteu” tem esse sentido. Estudos relativamente recentes levam a crer que eram oriundos da ilha grega de Creta e chegaram a Canaã por volta do século 12 a.C.. Acredita-se que deixaram de existir como povo no século 7 a.C., quando foram exilados pelo rei Nabucodonosor da Babilônia.

O vídeo que foi traduzido pela organização Palestinian Media Watch, mostra Abbas discursando em duas ocasiões diferentes este ano e usando argumentos parecidos. “Nossa narrativa diz que temos vivido nesta terra desde antes de Abraão”, afirmou o presidente da AP.

“Não sou eu quem está dizendo isso é a Bíblia. A Bíblia diz, com estas palavras, que os palestinos existiam antes de Abraão. Então, por que vocês não reconhecem o meu direto?”, questionou em uma fala pública.

No outro vídeo, filmado em seu gabinete, ele fala sobre a comprovação disso através de um alfabeto cananeu-palestino usado “há mais de 6.000 anos atrás”. Contudo, não existe qualquer comprovação histórica que essa língua tenha existido. O alfabeto cananeu data de cerca de 1500 a.C., uma diferença de 3500 anos nas contas de Abbas!

Os registros históricos mais confiáveis dão conta que os povos árabes chegaram pela primeira vez na terra da Judéia com a invasão muçulmana no ano 637 d.C. Ou seja, mil anos após o desaparecimento dos filisteus bíblicos. Essa identidade moderna dos “palestinos” apareceu pela primeira vez no século 20.

Esse argumento falho vem sendo repetido por outros líderes, como Mahmoud al-Habbash, que é assessor de Assuntos religiosos e islâmicos da Autoridade Palestina. Na semana passada, durante um sermão em uma mesquita, chamou os judeus de “ladrões que roubaram a terra e que desejam roubar a história”.

Disse ainda: “Nossos antepassados são os cananeus monoteístas e os jebuseus. Foram eles que construíram Jerusalém, antes que Abraão existisse”, insistiu.

Por fim, alegou que os judeus ladrões “afirmam que havia um templo aqui, mas essas são alegações infundadas, mitos e rumores”. Tanto Abbas quanto al-Habbash ao usarem esses argumentos contrariam um princípio básico do Islã, pois o Alcorão afirma que os muçulmanos descendem de Abraão por Ismael.

O objetivo de tentar criar laços históricos inexistentes com o território de Israel e especialmente a capital Jerusalém ocorre em um período onde se intensifica a pressão internacional pelo reconhecimento da Palestina como nação autônoma e a divisão de Jerusalém como capital dos dois países. Com informações de Breaking Israel News

Fonte: www.gospelprime.com.br

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