quinta-feira, 23 de junho de 2016

Mulheres resgatadas pelo amor de Cristo



Imaginar uma menina crescer sem os pais num país como o Paquistão pode causar certo impacto para quem conhece a realidade dessa nação. As mulheres paquistanesas estão destinadas a viver fechadas dentro de suas próprias casas sob as regras do talibã, o regime que é conhecido pelas leis severas que punem as pessoas que não obedecem à sharia (leis religiosas islâmicas). A população feminina é a mais atingida com as imposições da liderança. Elas devem permanecer debaixo da burca, vestimenta que cobre todo o corpo, inclusive a cabeça, com uma única abertura em tela na altura dos olhos. Além disso, são proibidas de trabalhar, estudar, salvo algumas exceções, como médicas e enfermeiras. Não podem usar cosméticos, rir alto, usar salto, praticar esportes, ouvir músicas, assistir filmes e ainda são humilhadas de várias maneiras.

Mas embora pareça não existir saída para elas, algumas são alcançadas pelo amor de Cristo, através dos trabalhos de evangelização realizados no país. A Portas Abertas também está presente no Paquistão através do projeto Ajuda Emergencial para Mulheres da Igreja Perseguida. Num dos centros para mulheres, está Nazneen*, conhecida pela sua doce voz ao cantar salmos para ajudar as mulheres a dormir e a esquecerem de suas dores e más lembranças do passado. Shereen*, que experimentou pela primeira vez o que é ter amor de mãe e um lugar seguro para viver, depois de ter sofrido vários abusos e ter contraído uma doença sexualmente transmissível, testemunhou: “Minha mãe foi tirada de nós quando eu e minhas irmãs ainda éramos pequenas e ficamos à mercê de tios e primos. Nossas tias fingiam não ver nada”. Embora seja um longo processo, cada uma dessas mulheres recebem tratamento específico, inclusive para suas emoções e vida espiritual.

Entre as atividades realizadas durante o dia, elas fazem bonecas, cartões e vários trabalhos artesanais. Durante as reuniões, ouviram falar de Asia Bibi, uma cristã condenada à morte no Paquistão por blasfêmia e que permanece presa para julgamento. “Essa mulher foi tirada de sua família e obrigada a se separar de suas filhas. Aqui nós aprendemos sobre o poder das orações e sinto que devemos orar por elas”, disse Shereen. Roohi*, que também foi acolhida pelo ministério, está longe de seus filhos, mas disse ter aprendido a orar pela restauração de seu casamento e está determinada a não perder sua família. Agora ela acredita que viver o evangelho pode mudar muitas situações. Apesar de viverem sob os olhares preconceituosos de homens muçulmanos e serem rejeitadas pela sociedade, essas mulheres sabem que há esperanças para quem conhece a Cristo, por isso, elas limparam seus corações de toda amargura e agora seguem para uma nova vida. Em suas orações, interceda por elas.

No Brasil
Se você deseja saber mais sobre os ministérios para mulheres da Portas Abertas, conheça o ministério que atua no Brasil, o Mulheres do Caminho e aproveite para participar do 7º aniversário que vai acontecer nesse sábado.


Fonte: Portas Abertas

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